mamis tem uma amiga super, mega, hiper, tri legal!
O nome dela é Tatiana, tia Tati!
O Tove fica todo assanhadinho quando ela vem aqui em casa. Luna, você viu isso? humpft
E hoje eu vou contar uma história linda que aconteceu com ela e que fez mamãe chorar (isso é fácil, hihihi).
Vou deixar a tia Tati contar:
"Meu telefone tocou pouco antes das 10h do dia 02 de março de 2005.
Era uma amiga, super nervosa, do outro lado da linha, me pedindo ajuda para resgatar um filhote.
Um sujeito na BioRio (incubadora de empresas da UFRJ) tinha chutado um filhote e, embora não estivesse andando, tinha conseguido se arrastar e se esconder dentro de um buraco, debaixo de um dos prédios do local.
Sei direitinho dia e hora, porque às 10h desse dia eu apresentei minha monografia.
O nervosismos natural da situação, ficou mil vezes pior depois desse telefonema! rsrsrs
Obviamente, assim que recebi minha nota, saí e fui ver o bebê.
Lá estava ela, debaixo do pédio, um bichinho assustado, que tentava se arrastar mais para o fundo do buraco tentando fugir.
Eu e minha amiga, duas magrelas, conseguimos nos enfiar no buraco e pegamos a pequena.
Eu e minha amiga, duas magrelas, conseguimos nos enfiar no buraco e pegamos a pequena.
Ela estava muito asustada e lotada de...piolhos!
Isso mesmo, piolhos HUMANOS! As duas, de cabelos longos, quase infartamos! rsrsrs
Passamos My Pet e corremos para a vet que atendia nossos animais naquela época, Drª Aline Justo. Ela examinou e pediu raio X.
Fomos à outra clínica fazer o raio X. Nem tínhamos falado do chute, mas quando o vet do raio X viu a imagem foi logo falando que aquilo tinha sido provocado por um chute. Contamos a história e voltamos para a primeira clínica.
DrªAline disse que nossa pequena precisaria ser avaliada por um ortopedista e ligou para um que conhecia.
Ele examinou a Penélope (já tinha nome) e disse que a medula estava presa e que poderia tentar soltar a medula, para ver se algo melhoraria, mas sem qualquer garantia.
E lá foi nossa Penélope para sua primeira cirurgia. Tão pequenina, tão pouco tempo de vida e tantos momentos difíceis!
Ela teria que fazer pós cirúrgico com exercícios e muita atenção e dedicação. Eu e minha amiga trabalhávamos, não teríamos tempo para acompanhar um pós cirúrgico. Então, uma estudante de veterinária (hoje já formada) conhecida de uma amiga que vinha ajudando com a Penélope, se ofereceu para fazer o pós cirúrgico e levamos Penélope até ela.
Começamos a estranhar porque não conseguímos notícias e resolvemos ir até lá. Diante do que vimos e do que a empregada da pessoa nos contou, pegamos Penélope de volta. Decidimos que ela ficaria comigo.
Nisso, por falta dos exercícios que teriam que ter sido feitos no pós cirúrgico, Penélope ficou com as duas patinhas traseiras atrofiadas e duras.
Pelo menos duas coisas boas ficaram dessa cirurgia: Penélope controla as necessidades fisiológicas e abana o rabo!!! :)
Fez muita acupuntura e fisioterapia.
Conversando com o vet que tinha operado a coluna dela, ele disse que tinha um tipo de cirurgia que poderia fazer para tentar resolver os problemas das patinhas, mas que as chances seriam mínimas.
Conversamos, eu e umas amigas, e resolvemos arriscar.
Nova cirurgia, uma em cada pata. Muita acupuntura, muita fisioterapia, mas não funcionou.
E, nisso tudo, vivendo uma loucura em casa porque estava desempregada e nossa família passando por uma situação super difícil financeiramente. Com isso minha mãe não queria mais um cão em casa.
E tive a idéia de fazer uma promessa para São Judas Tadeu: que se eu conseguisse um emprego, ficaria com a Penélope.
Na mesma semana me ligaram oferecendo um trabalho!
E ela ficou! :)
Com o tempo ela foi se adaptando e desenvolvendo sua própria forma de andar.
Se adaptou tão bem à sua forma de andar que "corre" para fugir dos remédios e banho! rsrs
Foi tratada sempre da mesmíssima forma que os outros, então não se sente em nada diferente.
Brinca, "corre", faz malcriação e é muito, muuuito levada!
E muuito carinhosa e sempre dá beijo antes de dormir. Esse é religioso, já vai levantando o focinho para mim! Como se falasse "obrigada por me tirar do buraco!"
E eu, retribuo o beijo, e digo no seu ouvido: "obrigada por você ter me esperado!"
Vivemos essa cumplicidade há 6 anos. Troca de afetos e experiências em que, nós duas crescemos.
Lembro de cada detalhe de nossa história, mas o que mais marcou foram os olhares da pequena Penélope: o de medo no dia do resgate, o de alívio que ela sentiu quando a peguei de volta da casa da "estudante de veterinária", e o de felicidade no dia que fui buscá-la na clínica depois da cirurgia das patas.
Lembro de cada detalhe de nossa história, mas o que mais marcou foram os olhares da pequena Penélope: o de medo no dia do resgate, o de alívio que ela sentiu quando a peguei de volta da casa da "estudante de veterinária", e o de felicidade no dia que fui buscá-la na clínica depois da cirurgia das patas.